Aprendendo a andar


A História Política de Arcos ganhou um novo ingrediente chamado Roberto Alves, Dr. Roberto Alves. Sua terra natal é Pains, e lá recebeu o carinhoso apelido: Beto.

Dr. Roberto era filiado ao PT – Partido dos Trabalhadores
pelo qual pretendia se lançar candidato à Prefeitura. Todavia, logo percebeu o nefasto jogo político contrário à sua candidatura e, em boa hora, filiou-se ao PCdoB, partido aliado do Governo Petista. E o  restante da história, bem, é de conhecimento de todos.

Hoje, aos 9 meses de governo, coincidentemente o mesmo período de uma gestação normal para que viéssemos ao mundo, assistimos a um Governo Municipal ensaiando os primeiros passos. 


A falta de compromissos com grupos (ou grupelhos) transformou o prefeito em uma figura ímpar, recebeu uma cidade pujante, progressista e repleta de problemas, bem ao estilo de um município minerador em expansão.

O médico/prefeito certamente imaginava que um dia poderia assumir a prefeitura, mas não de forma tão rápida e surpreendente.


Nos primeiros dias de janeiro, formava-se o secretariado. O lema? Governo Transparente. A área de saúde tem sido merecidamente contemplada, afinal, o prefeito é médico, e conhece bem as deficiências no setor.


Sabemos todos que governar Arcos é tarefa difícil, extremamente árdua. Muitos apregoam que a prefeitura é rica, muito rica, onde o prefeito, usando uma “varinha de condão” pode agradar a gregos e troianos... ledo engano. Aí está o ITBI, causador de discussões apaixonadas e acaloradas, um universo paralelo onde a maioria dos críticos certamente desconhece o decreto e os seus benefícios.



Voltando a Janeiro de 2013, vimos assumir uma Câmara Municipal neófita e um Governo Municipal assustado perante tamanha responsabilidade. Nos primeiros 15 dias, de afogadilho, Executivo e Legislativo chancelaram o projeto do governo Baiano, criando em Arcos uma mini sucursal do IFMG – Instituto Federal de Minas Gerais. O custeio do tal projeto é de R$34 mil mensais, valor integralmente bancado pela prefeitura.


Otimista incorrigível, tento vislumbrar uma Arcos cada vez melhor para se viver; um espaço democrático onde a Justiça Tributária pudesse caminhar junto à Justiça Social. Onde o pedestre tivesse prioridade para se locomover, onde tivéssemos áreas verdes preservadas; onde a Lei de Uso e Ocupação do Solo pudesse ser finalmente discutida e revista. 


Onde as calçadas esburacadas deixassem de existir, onde uma nova arborização pudesse encher os nossos olhos, onde as construções históricas pudessem receber carinho na sua preservação. Onde decretos se transformassem de fato em leis aprovadas pela Câmara. Onde os complexos do Poliesportivo e da Usina Velha voltassem aos seus dias de glória, onde aquele Museu Arqueológico, lá no Corumbá, e interditado desde 2007, pudesse ressuscitar num bem estruturado parque ecológico a ser criado no Bairro Sion.


Afinal, todos sabem que um bebê, aos 9 meses de idade, ainda não caminha com as próprias pernas. O Governo Dr. Roberto Alves também aponta que poderá vir a aprender a andar, mesmo mediante as inúmeras “pedras no meio do caminho”, como ensinou o grande Carlos Drummond de Andrade.


Arcos, 02 de setembro de 2013.
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